A Igreja tomando posse de sua herança
Páscoa 2011 foi um marco na História da AMES e da Igreja no Brasil
No último dia 18 de abril judeus e não judeus de todo o mundo celebraram a Festa de Pêssach (Páscoa) em memória à saída do Egito. Páscoa é a festa que marca o início do calendário bíblico de Israel e delimita as datas de todas as outras festas na Bíblia. Páscoa (Pêssarr, em hebraico) significa literalmente “passagem” (pois o Senhor “passou” sobre as casas dos filhos de Israel, poupando-os. Ex 12:27). É uma FESTA instituída por Deus como um memorial para que os filhos de Israel jamais se esquecessem que foram escravos no Egito, e que o próprio Deus os libertou com mão poderosa, trazendo juízo sobre os deuses do Egito e sobre Faraó. (Ex 12). Páscoa fala de memória, de identidade. O povo de ISRAEL foi liberto do Egito para poder servir a Deus e ser luz para as nações. Páscoa é uma FESTA instituída para que jamais ISRAEL se esqueça quem foi, quem é e o que deve ser. Da mesma forma, não apenas os judeus mas todos os que são discípulos de Cristo são co-herdeiros e co-participantes das promessas e das alianças dadas por Deus a Israel, pois através do Evangelho foram enxertados em ISRAEL e são parte da mesmo corpo (judeus e não-judeus), a Família de Deus (Ef 3:6). O simbolismo da Páscoa é parte da mensagem no Novo Testamento, e toda a obra da Cruz se baseia no evento da Páscoa Judaica. Jesus não apenas é morto em Páscoa, mas ele simboliza o próprio CORDEIRO pascal (I Co 5:8), que TIRA o pecado do mundo (Jo 1:29) e cujo sangue nos liberta, nos resgata da escravidão do pecado e nos SELA como Seus filhos. Nele (Cristo), somos feitos NOVAS CRIATURAS sem o fermento da malícia e da maldade. Como podemos ver, não se pode entender a obra da cruz sem o conhecimento dessa que é a mais simbólicas das Festas de Deus. Páscoa fala de nossa LIBERTAÇÃO para servirmos a Deus.
A Congregação Judaico-Messiânica Har Tzion, em Belo Horizonte, realizou o maior Sêder (jantar) de Páscoa coletivo desde de sua fundação, em 1996. Foi reservado para o evento uma tradicional churrascaria da cidade e todos os preparativos foram feitos para que os mais de 200 convidados pudessem reviver a experiência do Êxodo e do Cordeiro de Deus que tira o Pecado do mundo. O Rabino Marcelo Guimarães, presidente do Ensinando de Sião, liderou a cerimônia com seu filho Matheus. Todos acompanharam e participaram das orações e das bênçãos milenares que Yeshua, os discípulos e a Igreja Cristã declaravam. Seguindo a tradição sefaradita, todos comeram além do Matzá (pão ásmo), do Maror (Erva amarga) e do Charôsset (pasta doce), um delicioso cordeiro assado.

O Rabino Marcelo e seu Filho Matheus coordenaram o Sêder histórico

Elementos do Sêder (a Keará, os cálices e o Matzá)

Mais de 200 pessoas lotaram a Churrascaria fechada para o evento
O Rabino Marcelo e seu filho Matheus também foram convidados para vários eventos relacionados à Páscoa Judaica. Entre Igrejas, seminários e palestras em Belo Horizonte e outros estados, o rabino Marcelo e seu filho puderam levar conhecimento a cristãos verdadeiros que se preocupam em resgatar as origens da fé apostólica. Até mesmo um importante programa no Canal Evangélico da cidade se interessou pelo tema, convidando o Rosh Matheus para uma rápida explicação sobre a Páscoa Judaica.
“Jamais tivemos tantos convites assim para ministrarmos sobre o tema da Páscoa. Isso é prova que o Movimento da Restauração é algo da parte de Deus, e Ele mesmo tem direcionado a Sua Igreja para voltar às raízes da fé. Não se trata de judaísmo ou imposição cultural, mas sim de resgatar princípios, valores e tradições que faziam parte da Igreja até o séc. IV d.C, mas que foram arrancados da Igreja por decretos e dogmas contrários à Palavra de Deus. Páscoa não é apenas uma tradição judaica, é um legado deixado por Yeshua e os Apóstolos para a IGREJA, como nos provam o N.T e os vários documentos históricos dos primeiros séculos. O ódio cristão que deu origem à negação das raízes da Igreja tem dado lugar ao amor e à valorização de Israel e do povo judeu como pilares da fé Cristã”, afirmou o Rosh Matheus.

Celebração do Memorial de Pêssach na Igreja Jesus Cristo é a Resposta – Valinhos – SP

Igreja lotada para celebrar o Cordeiro de Deus que TIRA o pecado do mundo!
Vídeo com a entrevista com o Rosh Matheus Z. Guimarães no programa Sempre Feliz, da Rede Super de Televisão (clique acima para visualizar)
Há provas nas Escrituras que a Igreja, até meados do séc. IVd.C., celebrava a Festa de Páscoa como os judeus (com pães asmos e no dia 14 de Nissan) – I Co 5:8 e Cl 2:16. Algumas obras Patrísticas também atestam a mesma coisa (Peri Pascha – Melito de Sardes – séc II d.C.). A Páscoa Judaica só foi proibida de ser celebrada pela Igreja no Concílio de Antioquia, em 341 d.C, e demorou quase 400 anos até que as pessoas tivessem deixado de vez esta tradição dos apóstolos. Assim, os cristãos de hoje deveriam obedecer ao apóstolo Paulo e seguir o exemplo dos primeiros crentes, realizando em suas igrejas e em suas famílias um jantar festivo, com pão sem fermento, o cordeiro assado e ervas amargas, para se lembrarem de como a vida era amarga antes de conhecermos a JESUS, e como ele nos RESGATOU com mão forte das garras do inimigo e da escravidão do pecado, e nos fez NOVA CRIATURA sem o fermento do pecado. Deveríamos todos celebrar neste dia como o SANGUE de Cristo foi derramado por nós, nos marcando e nos consagrando a Deus.
O Movimento da Restauração das Raízes da Fé é hoje uma realidade nos quatro cantos do planeta. Igrejas e comunidades de vários países tem se interessado em resgatar os valores e o verdadeiro entendimento das Escrituras e do seu Deus, o Deus de Israel. O povo judeu, em especial o Judeu-Messiânico, tem sido restituído ao seio da Igreja para ajudá-la nesse caminho de retorno. Estamos vivendo em uma época única na história da Igreja! Sigamos rumo à restauração de Todas as coisas!
“Renova os nossos dias, como nos dias da Antiguidade”! (Lm 5:21)