Apelo aos marranos e cristãos-novos
Finalmente, após esta apresentação, creio que estamos diante de três alternativas, se o leitor for um descendente de Marranos e Cristão-Novos:
1) Tudo o que foi dito pode ser ignorado e este descendente continuará a viver no estado em que se encontra, ou seja, alheio as promessas e o separado da Casa de Israel;
2) Se o leitor for um cristão e descobrir com certeza suas raízes judaicas, ele deve segundo a própria Bíblia, continuar crendo em Yeshua, porém, restaurar suas raízes, quanto ao seu estilo de vida, pois lembremo-nos que o Eterno tem um chamado irrevogável para os da casa de Israel e que nas Escrituras encontramos uma série de mandamentos, estatutos e ordenanças específicos para o povo hebreu. Yeshua, Paulo, os apóstolos e os discípulos viveram na Graça da Nova aliança, mas sendo fiéis e zelosos em relação a todos mandamentos da primeira aliança, não revogada por Yeshua (Mt 5:17); Se você sendo descendente de judeus dizer não a esta restauração, não estaria indiretamente dizendo não ao chamado irrevogável de D-us para os da Casa de Israel? Não temos uma fórmula para indicar nada a ninguém, a não ser deixar que cada um faça sua própria avaliação e posicione-se segundo sua própria decisão;
3) Finalmente, poderá haver o caso de um marrano restaurar suas raízes judaicas, optando por viver no judaísmo tradicional, deixando, assim de fora, a Graça de inumeráveis bênçãos, promessas e heranças da Nova Aliança disponíveis a todo aquele que esteja disposto a crer em Yeshua, o Salvador, aquele que tem a Vida Eterna.
Todos somos livres. E a escolha pertence a cada um. O amor de D-us nos permite viver no livre arbítrio. Que cada marrano ou descendente de cristãos-novos faça, então, a sua certa decisão!
Mas, o que queremos dizer tudo isto que foi aqui relatado ? Caro leitor, independente de sua sua crença, se judeu, se cristão, se até mesmo ateu, precisamos entender e avaliar os que as Escrituras dizem a respeito do que acontecerá nos últimos dias, quando os judeus e a nação de Israel conheceriam o Messias, de Israel, Yeshua (Jesus).
Lembremo-nos que Israel tem sido o relógio de D-us, marcando o tempo do retorno do Messias. O mundo de hoje não passa um dia sequer sem dar alguma notícia do conflito em Israel. As atenções se voltam para lá e isto será cada vez mais notável, pois Israel procurará a paz, mas não a encontrará. Os árabes bem como qualquer ser humano não pode oferecer uma paz duradoura e definitiva a ninguém. Por isso, o Messias é chamado nas Escrituras como o Príncipe da Paz, o Sar Shalom, e só Nele a humanidade conhecerá a eterna paz. (Isaías 9:6).
Na minha opinião, este reconhecimento do Messias Jesus pelos judeus é um dos principais motivos pelo qual D-us não rejeitou seu povo, o povo judeu, que na sua maior parte ainda se encontra espalhado pelo mundo. Se D-us escolheu este povo para que dele viesse a redenção para o mundo a través da pessoa do Messias, o próprio D-us não deixaria o povo hebreu fora desta redenção. Por isso, o próprio Rabino Shaul diz : …” Não há distinção entre judeu e grego(representando os gentios); porque o mesmo Senhor o é de todos, rico para com todos os que o invocam. Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor (O Messias), será salvo …(Carta aos Romanos 10:12-13). Vejamos atentamente outra passagem em que o Rabino Shaul (Paulo) diz nesta mesma carta escrita aos Romanos, capítulo 11. …”Por causa dos patriarcas o povo judeu é amado, e que pela misericórdia dos gentios cristãos, eles receberão misericórdia”. Quando a Igreja gentílica de JESUS alcançar sua plenitude Israel será salvo. Cremos que esta plenitude está intimamente ligada à santidade e à qualidade da fé, pois é certo que Jesus não se preocupa em preparar somente uma Igreja em termos e aspectos quantitativos. Esta plenitude acontecerá quando os olhos e ouvidos dos judeus forem desobstruídos espiritualmente. Está escrito. Leiam Zacarias 12,10, os judeus de Jerusalém reconhecerão que Yeshua, Jesus, é o Messias esperado, o Rei dos Reis que voltará em Jerusalém como “Ben David”, o Filho de David.
Como pode, então, os cristãos desmerecerem Israel não intercedendo pelo povo judeu se há ainda promessas do Eterno ainda para se cumprirem ? Como podemos ainda permitir raízes anti-semitas nas igrejas ? Como o verdadeiro cristão pode ficar alheio às estas profecias do Senhor ? Como os padres e pastores têm ainda tanta dificuldade para entender que os judeus só se reconhecerão o Messias Jesus quando a Igreja de Jesus passar assumir esta responsabilidade ? Como se converterão se não há ninguém que pregue ? Contra quem o inferno não pode prevalecer ? Somente contra a Igreja o inferno não pode prevalecer (Mateus 16:18).
Portanto, urge que todos nós levantemos nossas bandeiras a favor da nação de Israel e pela redenção do povo judeu. Não há diferenças entre judeus e gregos ( gentios) quanto à redenção. Assim,todos devem esperar a vinda do Messias. O Messias não virá para Nova York ou para Paris ou para São Paulo. Ele voltará para Jerusalém de onde estabelecerá seu reino milenar. O Reino da esperada Paz, reinando da “Cidade da paz” ( Yerushalayim, Jerusalém).
Os cristãos não podem continuar nesta ignorância a respeito das profecias quanto a Israel. E, você que está lendo agora estes parágrafos, é um cristão, saiba que voce tem uma grande responsabilidade neste processo de redenção da nação de Israel.
Não permita que haja em você nenhuma raiz anti-semita e assuma a intercessão a favor de Israel. As raízes da fé cristã é judaica. Pois, as Escrituras dizem que o fundamento da fé dos seguidores de Jesus está baseada nos profetas do Antigo Testamento, na doutrina dos apóstolos e na pedra angular que é Cristo Jesus.
Deixe, portanto, de lado todo preconceito contra Israel e seu povo. No livro de Efésios capítulo 2, O Espírito de D-us revela que Ele só tem uma família composta de judeus e gentios. Por que, então, rejeitar Israel ? A salvação veio deles e graças a sua rejeição ao Messias no primeiro século é que as boas Novas do Evangelho foram espalhadas até aos confins da terra.
Chegou a hora dos cristãos restaurarem as raízes judaicas de sua fé. Eles precisamos entender a bíblia no contexto do pensamento judaico e não no contexto ocidental dentro de um contexto contaminado pelo mundo helenista e romano. A doutrina do evangelho precisa ser entendida no contexto judaico, pois o Messias Jesus era judeu e viveu como um judeu zeloso da Lei, seguindo suas tradições e costumes.
Por outro lado, o povo judeu precisa voltar para sua Torah e para todos os outros livros do Antigo Testamento, no sentido de conhecer quais as eternas profecias estão reservadas para eles. Precisam conhecer mais a Pessoa do Messias nessas Escrituras, destacando o Novo Testamento. Reconhecer o tempo em que se encontram e qual o seu papel dado pelo o próprio D-us de Israel para as nações. Saber que sua própria redenção e salvação está condicionada a plenitude do cristão gentio. Os da Casa de Israel precisam quebrar suas próprias clausuras e barreiras e voltarem para os gentios (goyim), cumprindo o papel que o Eterno tem reservado para os nossos tempos.
Se os cristãos estão agora pedindo perdão ao povo judeu, este por sua vez, deve aceitar este perdão e abrir espaço para um novo relacionamento, eliminando também seu ódio pela pessoa do judeu chamado Jesus e daqueles que o seguem.
Se as raízes do cristianismo está no judaísmo, então, cabem aos judeus que vivem os preciosos valores do judaísmo darem também o primeiro passo, uma vez que sua doutrina se resume em “Proclamar entre as nações que o D-us de Israel é único ( Shemá Israel Adonai Eloheinu Adonai Errad), e por isso eles devem amá-Lo acima de todas as coisas e da mesma forma o seu próximo, mesmo que ele seja um goyim (gentio).