Uma janela para o clima espiritual de Israel – Uma busca incessante
Por Dan Juster
Recentemente terminei a leitura de um livro que é um best seller em Israel, Buscar o judeu! , de Tuvia Tenenbom. O livro me foi recomendado por um de meus jovens líderes. O livro é às vezes picante, grosseiro e sem dúvida irreverente. E, no entanto, este homem letrado fornece uma janela para a realidade de hoje de Israel e os palestinos. Até mesmo alguns críticos que vêem problema com o livro apontam que ele revela algumas coisas muito importantes. Tenenbom, de maneira incógnita, investiga Organizações de Paz não Governamentais (ONGs) esquerdistas em Israel, novos escritores israelenses de esquerda, líderes palestinos e agitadores. Ele entrevista também líderes judeus ultra-ortodoxos, líderes ortodoxos modernos e também líderes políticos conservadores. Ele participa de encontros ultra-ortodoxos também. Eu recomendo o livro por causa de suas incríveis informações.
Tenenbom cresceu como um judeu ultra-ortodoxo em Israel, mas deixou a congregação para viver como um homem de ciência e mais tarde como um homem de letras, escrevendo para um periódico alemão e dirigindo o Teatro Judaico de Nova Iorque. Ele retornou a Israel após anos de ausência para pesquisar a realidade da situação dos dias atuais. Ele, na maioria das vezes, ocultou sua identidade para poder pesquisar para seu livro sem obstáculos. Na maior parte do tempo, ele se apresentava como Toby, o repórter alemão.
O livro transmite pouca esperança para o futuro de Israel. São esses seus
achados:
- Israel está inundado por ONGs que professam buscar a paz e perseguir os direitos humanos, mas, na verdade, são anti-Israel e são sustentadas por pessoas antissemitas. As ONGs manifestam um desequilíbrio impressionante. Elas são também consumidores ingênuos das “inventadas narrativas palestinas” acerca dos eventos que são apresentados ou interpretados para mostrar Israel com um olhar opressivo. Elas gastam incalculáveis milhões de euros por suas causas. Os fundos (de legalidade duvidosa) vem a maioria das vezes de alemães, mas outros contribuintes europeus são significantes.
- Os palestinos, em geral, não têm um desejo real de paz verdadeira ou de encontrarem uma solução justa para os dois estados. É esta a propaganda para o ocidente. O objetivo real foi e é destruir Israel. Os palestinos continuamente estão ensinando ódio pelo povo judeu e sua liderança é mais que corrupta, vivendo no luxo e desviando o dinheiro que seria para a ajuda ao povo. A situação atual traz a eles grande riqueza. Sua identificação com Hitler e o seu desejo de aniquilar o povo judeu é impressionante, apesar de acusarem o povo Judeu de ser como os nazistas.
- Muitos ultra-ortodoxos se mostram perigosos cultistas fixados em leis de pureza que oprimem as mulheres e criam uma sociedade retrógrada em Israel. Tenenbom encontrou alguns líderes que são fraudulentos e manipulam seu próprio povo por dinheiro.
- A direita israelense não é realista no que diz respeito à expectativa de governar os cidadãos não-palestinos.
- O campo de paz da esquerda israelense é cheio de auto-inimigos que já não acreditam em Israel.
Os detalhes das entrevistas e experiências de Tuvia com uma série de personagens é muito impressionante. Ele leva as pessoas a se abrirem de maneira espantosa. Ademais, o que se extrai do livro é um grande vácuo de esperança devido à falta de uma cosmovisão encorajadora que estimule o estar e o preservar Israel. A preservação do povo judeu por algumas qualidades especiais de nossa cultura não é suficiente devido às pressões que nos defrontamos. Os ultra-ortodoxos são, frequentemente, não-sionistas, confinados em seus próprios guetos, existem e não se importam se o estado sobreviva ou não. Além disso, eles são um dreno dos recursos de Israel.
Como um judeu messiânico, eu vejo só duas cosmovisões que são encorajadoras. Uma é a do ortodoxo moderno ou ortodoxo nacionalista. A outra é a do judeu messiânico ou judaísmo messiânico. Há alguns pontos em comum em nossas visões, que se sobrepõem devido ao conteúdo da Bíblia. Ambos cremos:
- O retorno de nosso povo à terra de Israel é uma obra de D’us.
- O propósito dos judeus é ver a redenção de Israel e das nações do mundo.
- Essa redenção será plena quando o Messias vier.
- Nós temos de viver vidas de obediência a D’us na Terra à medida que a história caminha para seu clímax de redenção. Isto inclui a adoração a D’us e a intercessão (no Judaísmo pelas orações na sinagoga). Para os judeus ortodoxos isto inclui as muitas adições da lei rabínica. Para os judeus messiânicos isto é uma maneira de vida judaica da Nova Aliança que é ser fiel às Escrituras e refletir nossa tradição e identidade judaica.
- Cumprimos uma importante responsabilidade espiritual por vivermos em Israel.
Contudo, os judeus messiânicos crêem que a redenção de Israel e das nações depende da volta do nosso povo para Yeshua. Nós devemos receber Sua expiação por nossos pecados e experimentar uma morte e ressurreição nEle (Romanos 6). Tudo isso sem perder nossa identidade judaica. Nosso estar na Terra é de maneira especial justificado uma vez que temos nos voltado para Ele.
Em Israel, estamos sob enorme pressão. Israel está buscando desesperadamente uma cosmovisão convincente e razão da existência – para nos capacitar a resistir a esta pressão. Eu prevejo que tanto a cosmovisão ortodoxa nacionalista como a dos judeus messiânicos irá ampliar e dar esperança para o povo. Elas nos fornecerão as razões para a importância de estar na Terra. Contudo, haverá um grande choque entre estas cosmovisões, apesar de suas sobreposições, devido à questão das questões. É a pergunta feita por Yeshua a Pedro: “Quem você diz que eu sou?”. Temos sido restaurados à terra a fim de podermos ser trazidos ao conhecimento de Yeshua.